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Quando Empreender é um Caminho

10/04/2012

Bate-papo com Henrique Heder, responsável pelo empreendedorismo no Projeto Arrastão, mostra que ser empreendedor nem sempre é criar o seu próprio negócio

O termo não sai de moda e ganha cada vez mais significados. Ganha novos símbolos, novos rostos para exemplificar quem o é, mas continua a mesma expressão, seja nas revistas de negócio ou nas de variedades. Ser empreendedor é a nova febre do momento, uma espécie de nova regra do mercado. Mas, afinal, o que qualifica uma pessoa como empreendedora? Aqui, no Projeto Arrastão, ser empreendedor é mais que criar seu próprio negócio. É, essencialmente, ter uma atitude criadora e criativa, independentemente do lugar ou cargo em que se esteja.

Henrique Heder, responsável pela linguagem, conta que nos últimos 7 anos o Projeto Arrastão já fomentou mais de 40 grupos empreendedores, entre iniciativas criadas por jovens e adultos. Para Henrique, o empreendedorismo extrapola o ato de criar negócios. Ele conta que no trabalho que vem sendo desenhado desde o ano passado, quando o tema era um dos eixos da Área Social, é o de trabalhar o empreendedorismo com um aspecto mais pedagógico.

"O empreendedorismo não está somente para os jovens e adultos. Os meninos do Centro para Criança e Adolescente - CCA, por exemplo, tem uma matéria chamada de projetos. É um outro entendimento do empreendedorismo, mais a ver com a idade deles, mas que não deixa de ser empreendorismo", conta Henrique.

"Com a Educação Infantil acontece o mesmo, no sentido de incentivar a autonomia nas crianças. Numa conversa eu descobri que as crianças, junto com as educadoras, constroem os combinados do dia e da semana. Isso é fantástico. Estamos contribuindo na construção de indivíduos que no futuro, quando estiverem no CCA, serão pessoas totalmente integradas e conhecedoras de seu papel dentro de um coletivo", analisa.

Esse tipo de trabalho já vem gerando frutos. Somente em 2011, três projetos de jovens foram aprovados e receberam financiamento da Ashoka Empreendedores Sociais, através do Programa Geração Muda Mundo. Com o recurso e suporte técnico que obtiveram da organização internacional, essa turma fez acontecer suas ideias de negócio e transformação social. Fora isso, para o público adulto, foram oferecidas diversas oficinas, tais como Gastronomia e Novos Negócios, cujo objetivo era justamente estimular novas formas de pensar a geração de renda dentro da comunidade. Pelos cálculos do coordenador, cerca de 150 pessoas passaram por essas oficinas técnicas e em seguida conseguiram colocação dentro do mercado de trabalho. O trabalho feito para fomentar o empreendedorismo e a geração de renda impactaram mais de 1300 pessoas em todo o ano passado.

Para Henrique, esses são apenas alguns dos resultados que se pode alcançar. "Queremos oferecer a jovens a partir de 18 anos oportunidade de viverem diferentes cursos que irão ajudá-los a terem mais conhecimento técnico em suas áreas de interesse, gerando para eles a oportunidade de terem acesso a uma vaga no mundo do trabalho ou se agruparem e criem empreendimentos coletivos", explica Henrique, apontando os benefícios desse caminho escolhido pelos jovens.

"O mais bacana para a comunidade e para o próprio Projeto Arrastão é que, cada vez mais, consigamos engajar pessoas de todas as idades pelo caminho dos empreendimentos coletivos. O legal desse modelo é que as pessoas passam a oferecer os seus talentos e habilidades em favor de um projeto em comum. Ou seja: a gente está fortalecendo o coletivo, o grupo e a própria comunidade a partir desse modelo", avalia.

"Estamos há poucos passos de criar a incubadora, que é um desejo institucional de algum tempo. Já estamos há muito tempo fomentando a linguagem e acredito que estamos maduros para transformar isso numa incubadora. Em 2012 o objetivo é esse", finaliza.

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