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Calder By Campo Limpo

08/11/2011

Turma do Centro para Crianças e Adolescentes mergulha na vida e nas obras de Alexander Calder; estudos fazem parte do projeto do segundo semestre

De papel na mão. Olhos mirados na mesa. Uma vez olham o gravador, outra vez quem entrevista, uma terceira no corredor do Centro para Crianças e Adolescentes - CCA. E assim foi durante os 15 minutos de entrevista. Ou bate papo. Quando souberam que iriam falar sobre o que estavam aprendendo na segunda parte do ano nas aulas de artes plásticas, uma folha brotou das mochilas como que num passe de mágica. Lá, na folha, entre um desenho e outro, daqueles feitos nos 5 minutos que antecedem a próxima coisa interessante a ser dita pelo educador, anotações importantes sobre o escultor e pintor norte americano Alexander Calder.

O artista, considerado o pai dos móbiles, uma versão com vida das estátuas, é o "objeto" de estudo da turma do Módulo Coral do CCA. Durante esses meses da segunda parte do ano, nas aulas de artes plásticas, a turma está, literalmente, pintando o sete em sala de aula. E é a própria educadora Neia Oliveira Melo que os está estimulando a fazer isso. E cada vez mais. Além de contar a história de vida de Sandy, como ficou conhecido Alexander Calder, Neia também tem trazido para os encontros no Projeto Arrastão materiais pedagógicos de estudo sobre o artista, além de reprodução de suas obras. O objetivo, além do próprio estudo do autor e suas criações, é a reprodução de suas obras para uma exposição que será realizada em novembro para os pais dos adolescentes.

Adolescentes como João Pedro, 11. Desde os 2 anos de idade como aluno do Projeto Arrastão, João diz que está adorando a oportunidade de aprender mais sobre a história de Sandy. Conta ele que o que mais chamou a sua atenção nem foram as obras em si, mas o fato de Calder ter sonhado, desde criança, em ter uma carreira próxima a que seus pais tiveram. O artista era filho de um escultora e de um pintor. Mesmo achando a história bonita, João não deve seguir o mesmo caminho. Sonha com os gramados de um estádio lotado para vencer na vida. Mas se não acontecer, ele já tem um plano B.

"Eu quero ser bombeiro quando eu crescer. Não. Essa é a segunda opção. A primeira é ser jogador de futebol e ir para o Santos. O bombeiro ajuda muito as pessoas do mundo e eu vou ajudar muito o meu time", conta entre risos e mais risos. E uma pontinha de confiança de que tudo vai dar certo. E quem disse que não?

Da profissão da mãe, Andreza Santos Rodrigues, 11, deve herdar apenas a letra inicial. Filha de uma estudante de Biomedicina, a adolescente que também achou bonito esse amor de Calder pela profissão dos pais, quer seguir a carreira de bióloga. Mas o que mais encantou Andreza foi outra coisa durante as aulas dadas por Neia. "Eu achei muito legal saber que ele mesmo produziu os seus brinquedos. Já pensou fazer um brinquedo do jeito que eu quero? Isso é muito legal", exclamou, sem tirar o papel com a história completa do artista das mãos. "Eu tenho um irmão, o Junior, de 3 anos, que só fica na frente da TV quando está em casa. E sabe o que ele fica fazendo? Assistindo esses desenhos de luta. Eu acho que ele não deveria ver aquilo. Era bem melhor ficar brincando. Era bem melhor a gente criar nossos próprios brinquedos".

Assim como esse módulo do CCA, as demais salas também festão estudando um tema específico nesse segundo semestre. Em breve vamos contar mais sobre isso. Não se desconecte.

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Sobre Alexander Calder

Cultura Milenar à Criançada

Próxima parada: Monterrey

 

 

 

 

 

 

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