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Cultura milenar à criançada

24/05/2011

Na hora de criar, não há limite para os pequenos do Projeto Arrastão. Agora a moda é fazer arte observando bambus. Como assim? Apresentamos o Sumi-ê. E seus artistas.

Já ouviu falar na técnica Sumi-ê? Trata-se de uma cultura muito tradicional no Japão que trabalha com o chamado zen-budista. Isso mesmo, o zen. E a palavra significa desenho em tinta negra: sumi = tinta preta; ê = desenho. Na prática, a educadora Neia Oliveira Melo reuniu as 60 crianças, da manhã e tarde, de 8 a 10 anos do Centro para Criança e Adolescente, o CCA, para observarem os bambus que existem ao redor do nosso jardim. E o resultado foi uma verdadeira galeria de desenhos, ou melhor, de praticamente obras de arte.

Neia fica toda orgulhosa. Também pudera, porque os pequenos se deram tão bem com a técnica que é de encher os olhos de qualquer um. “E eles aceitaram muito bem a proposta. É uma técnica que favorece com que eles melhorem a cada vez que desenham. Então, a evolução é muito rápida e os desenhos ficam cada vez mais lindos”.

E é verdade porque o Sumi-ê não “permite” uma correção do desenho já iniciado. Se errar, amassa o papel, joga fora e começa outro. Neia também conta que o trabalho desenvolve a a questão do “eu” nas crianças, logo, a concentração. Aliás, um desses meninos foi quem nos contou da teoria que é trabalhada. Isso mesmo, falou com propriedade, quer ler?

“A gente aprende a humildade, simplicidade, concentração e silêncio. Mas eu nunca tinha desenhado um bambu. Foi muito bom de fazer e aprendemos novas formas de fazer desenho. Minha mãe ainda não viu, mas contei tudo pra ela”, com a palavra, Gustavo Gomes, de 10 anos, que capricha no seu desenho de Sumi-ê.

E vale a pena dar uma olhada nesse vídeo-aula que a gente achou que explica a técnica.

E por que é importante trabalhar essa técnica em sala de aula? Neia destaca que apesar de todos desenharem a mesma coisa, cada um faz do seu jeito, valorizando a percepção e talento de cada um. “Como não pode errar, tem que desenhar do começo ao fim, eles ficam muito concentrados, em total silencio. É incrível. Eles desenvolvem também a coordenação motora. E tudo isso fazendo uma obra de arte”.

Os desenhos ficam sempre em preto e branco. E se você pensa que as crianças que adoram tudo bem colorido reclamam disso, está muito enganado. A novidade foi bem aceita pelos pequenos. Ponto para os educadores e a coordenação.

A atividade será a base da metodologia de todo este ano nas turmas do CCA do Projeto Arrastão. Por isso, todas as salas estão preparadas com tinta nanquim e rolos de papel de fax, que foram reutilizados como painéis para que os pequenos pintem o sete... ou melhor... os bambus.

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