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Quem vê um ponto...

26/07/2011

Jardim Valquíria, no Capão Redondo, ganha desenhos e cores; de perto eles são bonitos, de longe transformam a comunidade em uma moldura gigante.

Cinquenta e quatro casas. Mas bem que poderíamos chamar de quadros. Em branco, ou na cor laranja; aquela dos tijolos que insistem em dar o tom no bairro do Jardim Valquíria, zona sul de São Paulo. Lá o Projeto Arrastão atua, em parceria com a organização Capão Cidadão, no trabalho de pintura de casas em torno do campo de futebol, ao lado à ong.

O trabalho no Jardim Valquíria acontece desde o fim do ano passado, e chega em um momento inspirador e mágico para todos. As cores vêm tomando conta das paredes. E os mutirões ganhando vida aos fins de semana, quando moradores se juntam para tirar o laranja como cor predominante.

Uma das atividades que vem dando cara nova ao bairro é puxada por Gustavo Crespo, voluntário do Projeto Arrastão. Seminarista, sonha, e estuda, para ser padre. Enquanto não chega esse momento, oferece seus dotes artísticos para desenhar alegria nas casas do Jardim Valquíria. Estudante de artes visuais antes de decidir ir para o seminário, Gustavo é responsável pelos desenhos que ocupam as paredes de dezenas de casas no Jardim Valquíria. E não é um desenho qualquer.

“Fizemos linhas, pequenos pontos em todas as casas. A ideia é que os pontilhados sejam como uma conexão entre os moradores, mostrando que lá dentro um está ligado ao outro, dependente do vizinho”, conta Gustavo. “Se você olha uma casa você não vai entender a arte que fizemos. Você terá que olhar o Jardim Valquíria de longe, numa vista panorâmica, para ver que todos os desenhos tem uma ligação um com outro, formando um desenho só”, complementa.

Todo o processo de escolha dos desenhos foi feito pelos próprios moradores, a partir de conversas que Gustavo, e a Área Social do Projeto Arrastão, fizeram com os moradores.

E não só de pontilhados vivem as casas. As flores também ganharam vez. Mas só em algumas delas. O motivo, conta Gustavo, é bem simples. “Eu comecei a conversar com as famílias mostrando a proposta dos desenhos que iria fazer em suas casas. A partir daí, aquelas que estavam registradas em nosso cadastro em nome da mulher, a gente sugeriu que a casa ganhasse detalhes em floral. Assim a gente consegue saber, de longe, quem são os ‘chefes de família’”, conta ele.

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