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Feira “Água na boca”

22/07/2011

Curso de Gastronomia organiza mostra inspirada na Cultura Nordestina; a ideia é contar ao Projeto Arrastão o que a turma está aprendendo na sala de aula.

De todos os cursos e oficinas do Projeto Arrastão a deles é, sem dúvida, a mais gostosa. Literalmente. Talvez porque essa turma seja, apenas, a responsável por olhares ansiosos no fim de tarde em direção ao corredor que dá para a Cozinha Experimental. É de lá, do corredor, que meninos e meninas surgem todos os dias com o resultado das últimas duas ou três horas de estudo: mais uma receita deliciosa. O Curso de Gastronomia oferece atividades teóricas e práticas para os que integram o Programa de Formação de Jovens do Projeto Arrastão.

A ideia conta a educadora Vanessa Bernardo, não é formar nenhum mestre cuca, apesar de que isso pode vir a acontecer. Segundo Vanessa, a iniciativa tem objetivos maiores, mais amplos. “Não queremos oferecer um curso profissionalizante em gastronomia. Nossa ideia não é essa. O que queremos é que a turma tenha noções básicas de higiene dos alimentos, de como cuidar e manejar determinados alimentos, de como se comportar enquanto prepara a alimentação”, conta Vanessa.

Ouça no podcast o que é o Curso de Gastronomia

 

E os resultados desse trabalho aparecem muito rapidamente. E a olhos nus. E tem um ótimo cheiro; gosto ainda melhor. Mas Vanessa nos conta que há formas diferentes de ver o quanto o curso está fazendo diferença na vida dessa turma. “No começo eu lia todas as receitas junto. Hoje não preciso mais. Eles já sabem o que precisa ser feito. Sabem que tem que cuidar de tudo na hora de cozinhar. Acabam conferindo o estoque dos alimentos, se está dentro da validade, fazendo as medidas”, conta Vanessa.

Na segunda-feira, 18, o Curso de Gastronomia realizou um evento especial no Projeto Arrastão com diversas comidas típicas da região nordeste, selecionada pelos próprios jovens. “Cada um dos três grupos foi pesquisar um estado da região. A tarefa era reunir informações sobre o estado escolhido, sua cultura, seu povo e culinária. Pesquisar um prato tipíco e contar tudo sobre ele. Além de fazê-lo, claro”, revela a educadora. “Depois da pesquisa eles chegaram a três pratos -Bobó de Camarão, Baião de Dois, Bolo de Rolo. Durante dois meses eles organizaram tudo, fizeram as compras e produziram a mostra”, completa.

Ouça no Podcast entrevista com educadora Vanessa

 

Se eles serão ou não chefs de cozinha, conta Vanessa, isso não importa muito. Existem outras formas de saber se o trabalho está sendo bem feito. Uma delas está aqui, nesse trecho. “As famílias tem vindo conversar comigo para contar que aos sábados, por exemplo, elas passaram a fazer a refeição juntas, pois tudo que os filhos estão aprendendo aqui eles querem praticar em casa”, finaliza.

Na Rede

Sobre Gastronomia, mas outra turma.

Cozinha para quê te quero

 

 

 

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