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As salas de aula não são mais as mesmas

08/05/2012

Novos métodos de aprendizado cada vez mais fazem parte do cotidiano das salas de aula. O método tradicional de ensino, com o professor explicando o conteúdo em frente à lousa com os alunos quietos escutando e aprendendo vem sendo complementado e algumas vezes substituído por novas técnicas de aprendizado, como dinâmicas em grupo, musicalização, recursos de audiovisual e com o lúdico cada vez mais presente no dia a dia dos educandos.

David Ausubel, psicólogo da aprendizagem, criou na década de 1970 a teoria de aprendizado significativo, que exerce grande influência na educação e se baseia em um modelo construtivista. De acordo com ele, o principal no processo de ensino é que o aprendizado seja significativo para o educando. O conteúdo a ser aprendido, precisa fazer sentido para esse aluno, e isso é possível quando é levado em consideração o contexto e a bagagem cognitiva única em cada um.

Então, dessa forma, cada aluno é tratado de maneira única. E as dinâmicas de formação dão suporte para esse tratamento diferenciado. Através de processos lúdicos, é possível identificar a especificidade de cada educando e assim, adaptar o conteúdo de maneira que ele seja aprendido de forma única, de acordo com a necessidade e aptidão de cada um.

Localizado na região do Campo Limpo, zona sul da capital paulista, o Projeto Arrastão tem inserido em seus processos pedagógicos cada vez mais dinâmicas e os educadores da organização estão sempre em busca de novas formas de passar o conteúdo. São realizadas constantemente rodas de conversa, atividades de mediação de leitura e atividades lúdicas, não só com os educandos da Educação Infantil, mas também com os adolescentes e jovens do Centro para Crianças e Adolescentes e do Centro para Juventude.

Exemplo disso é que em 2011 foi inaugurada no local, a primeira midiateca de São Paulo, a Sala Futura, fruto da parceria com o canal educativo. O espaço tem mais de 800 horas de produções audiovisuais veiculadas na grade da emissora, totalmente gratuita e de fácil acesso a todos da comunidade.

Durante a semana as atividades realizadas na Sala Futura são voltadas mais aos adolescentes e jovens alunos da organização, e as sextas-feiras a vez é das escolas do bairro conhecerem e interagirem com os conteúdos disponíveis, trazendo os alunos para cá. A dinâmica dos encontros é desenhada de acordo o perfil dos alunos e dos assuntos de interesse da escola, conta Franciele. Sim, são as escolas que dizem qual tema gostariam que fosse tratado.

Na sexta-feira, 27, por exemplo, o Projeto Arrastão recebeu alunos da Escola Municipal Francisco Ferreira Paes, de Taboão da Serra, para uma manhã diferente. Comandada pela equipe do Núcleo de Comunicação Maré Alta, as atividades são frutos de um trabalho que vem sendo realizadas para convidar moradores, famílias, escolas, ONGs a frequentarem a Sala Futura. E cada vez que uma organização vem até o Projeto Arrastão, participa também de outras atividades realizadas em outros espaços da ONG como a brinquedoteca e a biblioteca. Todas voltadas para o aprendizado, porém de maneira diferenciada, seja com as rodas e mediações de leitura, ou atividades complementares preparadas pelos educadores do CCA ou da EI, de acordo com a idade de cada público.

"O desenho da atividade acontece de acordo com quem vem. A gente conversa com a responsável pela turma anteriormente e eles me contam o que querem que seja trabalhado. Vale qualquer assunto. O passo seguinte é buscar no acervo da Sala Futura programas que tratam do tema, para ser uma espécie de disparador da conversa", explica. Daí até a corrida e gritaria do começo da matéria é um pulo. Ou um passo até a quadra. Para ajudar os alunos a entenderem o conteúdo passado e checar o nível de apreensão do que eles viram, os monitores da Sala Futura criaram uma gincana com perguntas sobre a Água e também sobre os vídeos que eles viram, da série Água: vida e alegria no Semiárido.

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