Untitled Document
 
Untitled Document
Untitled Document

Quem Conta um Conto...

03/01/2012

...sorri, acha bom e quer contar outro; companhia Toc Toc Posso Entrar traz ao Projeto Arrastão toda a magia e beleza do mundo mágico da contação de histórias

Eles eram muitos. Muitos mesmo. Sentados auditório afora, quase 130 crianças e adolescentes somente no período da manhã. Fora os outros dois grupos à tarde que, juntos, somaram número parecido. Em seus rostos, além da felicidade de um momento como esse, um sorriso de "que horas vai começar" que mal cabe em cada um. Na quinta-feira, 15/12, o Projeto Arrastão recebeu uma turma mais que especial em sua biblioteca. E o auditório e corredores ganharam ares de faz de conta.

À convite da SP Leituras, organização social que promove e estimula espaços e iniciativas que aproximem a população dos livros, a Companhia Toc Toc Posso Entrar fez uma mágica visita às crianças do Centro para Crianças e Adolescentes – CCA e Educação Infantil do Projeto Arrastão. As atrizes Daniele Barros e Fabiane Camargo, que integram a Cia, trouxeram em suas bagagens muitas histórias nascidas em todos os cantos do planeta. São, muitas vezes, histórias que ninguém sabe quando ou como surgiram, se muito, onde, mas que acabaram se perpetuando com o passar do tempo, sendo contada de uma pessoa para outra.

Fabiane conta que se uma história é boa, faz sentido para as pessoas, ela com certeza irá sobreviver ao tempo. "A gente conta histórias do mundo todo. A idéia é pesquisar e perpetuar as que ficam no imaginário das pessoas, que vão sendo transmitidas de geração para geração, mesmo quando elas não são escritas, registradas. Hoje nós trouxemos somente histórias africanas e brasileiras aqui para o Projeto Arrastão", explica a atriz.

História vai, história e, vira e mexe, contam as meninas, alguém bem atento consegue identificar que aquela que está sendo contada se parece, e muito, com outra que ele ouviu quando era criança, ou num lugar completamente diferente. Às vezes em outro país. Daniele diz que isso é muito comum, e que essas mudanças só enriquecem os enredos. "Às vezes existe uma história aqui no Brasil muito parecida com outra lá na Europa, mas ninguém sabe como foi de um país para outro, sabe?! A gente só pode pensar que é o inconsciente coletivo agindo, pois ninguém consegue achar explicações de como veio parar aqui", analisa a atriz.

As contadoras de história dizem que em um processo como esse que aconteceu no Projeto Arrastão é preciso estar muito atento ao que cerca o grupo que irá receber a atividade, pois tudo implica no sucesso ou não do encontro. Para elas, é preciso que haja um espaço de interação e cumplicidade entre quem conta e quem ouve. Isso, dizem, é muito importante pois garante que as crianças e adolescentes tenham um espaço de criação da história que está sendo contada em suas cabeças.

Histórias são somente para crianças? Quem responde essa pergunta recorrente é Daniele. "Num determinado momento passaram a dizer que a contação de história era uma coisa somente para crianças. Isso não é verdade. Os adultos também ouvem e gostam daquelas que são boas. Elas ajudam a gente a entender diversas coisas, a trabalhar diversas questões internas, mesmo que de forma indireta. Quando falamos de bruxas, por exemplo, naturalmente começamos a construir o arquétipo de bruxa em nossas cabeças. Isso nos ajuda a estudar, mesmo sem estar estudando um determinado tema", finaliza a atriz.

 Na rede

Pé de Livro

"Leia um Livro Para eu Dormir, Mamãe?"

Todo Dia é Dia de Ler

Sobre o SP Leituras

 

 

 

 

 

 

Untitled Document