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Tem, Sim Senhor!

18/11/2011

Jovens palhaços formados pelos Doutores da Alegria se apresentam no Projeto Arrastão; dois são ex-alunos daqui

Cortinas. Risos. Olhares curiosos. E alguma incompreensão no ar. Até então, muitos dos que estavam no pátio naquela quinta-feira, 10, para assistir ao espetáculo "Cuidado! Palhaços Trabalhando!" mal sabiam como era ver um palhaço contando uma história, como numa peça de teatro. Relataram que, no máximo, os viram interpretando pequenas cenas Estrada do Campo Limpo afora, animando uma ou outra promoção no sábado à tarde. Mas nunca uma história completa. Ainda mais com outros palhaços no mesmo palco. Dessa vez, meninos e meninas de todas as idades tiveram essa chance. E se surpreenderam.

Durante dois anos, jovens de diferentes partes de São Paulo se encontraram diariamente nos Doutores da Alegria, organização social que faz um trabalho de humanização do sistema de saúde, para ter aulas que iam de Comédia Del'arte a de jogos de improviso. Batizado de Programa de Formação em Palhaços para Jovens, a iniciativa formou em 2011 sua quarta turma. E tem muita gente do Projeto Arrastão nessa história.

Jovens tais como Priscila Muniz, que divide o seu tempo nos palcos entre as apresentações pelo espetáculo de clown e as do Núcleo Pélagos de Dança. Priscila, que já participou de oficinas de teatro do Projeto Arrastão, se apaixonou pela figura do palhaço através de um amigo, que também é formado pelos Doutores da Alegria. Daí a se inscrever para a participar da formação foi um pulo. "Eu conheci essa formação através de um amigo que fez o curso. Na época aconteceu aqui no Projeto Arrastão. Eu gostei tanto da idéia de ser uma palhaça que quando as inscrições para essa turma abriram eu não pude deixar estar nela. Eu nunca pensei em ser clown. Foi uma dessas coincidências da vida", conta a jovem.

Quando abrem se as cortinas, Priscila se junta a outros jovens para contar, com muita graça, qual é o papel que o palhaço ocupa no mundo, e na vida de cada um desses jovens artistas. E assim a história é contada, desenrolada, fazendo as turmas da Educação Infantil e do Centro para Crianças e Adolescentes – CCA, cair na gargalhada.

E não só dos pequenos vive o riso. Ali, no fundo do pátio, de braços cruzados, a estagiária de enfermagem da Uniban Campo Limpo, Daiane, fica encantada a cada gesto. Ela conheceu o trabalho dos meninos palhaços há dois meses, através da "Tia Teresa", enfermeira do Projeto Arrastão. Apesar de já ter feito parte de um grupo semelhante aos Doutores da Alegria, Enfermagem da Alegria, essa foi a primeira vez que viu o espetáculo ao vivo. Encantada com a possibilidade, Daiane diz: "Eu gosto muito dessa coisa que o Projeto Arrastão tem de trazer atividades artísticas para as crianças e jovens. Nem todos aqui tem acesso a isso no dia a dia, e esse tipo de arte é transformadora, libertadora mesmo".

Mesma opinião de Vitor Moreira da Silva,15, participante do Arte Além dos Muros. "Eu gostei muito desses palhaços. Eu olho para eles e me traz uma sensação de felicidade. Fico até com vontade de participar do grupo", se entusiasma.

Ao chegar ao Projeto Arrastão, o espetáculo já havia sido apresentado em 20 lugares, para diferentes públicos, além de ficado em temporada no Teatro Municipal de Barueri.

"Quando o espetáculo termina de ser montado", conta Priscila, "a gente planeja a próxima etapa que é a circulação. A ideia dessa parte do processo é que justamente o espetáculo vá para as comunidades de onde nós saímos, onde moramos. Eu lembrei das crianças daqui e não poderia deixar passar essa oportunidade", conta a jovem palhaça, que finaliza: "O Palhaço tem um papel muito especial no universo infantil. Ele leva a criança para o mundo ela, que é divertido, cheio de cores, de graça. A criança e o clown são do mesmo mundo. Quando acontece um espetáculo como esse eles conhecem".

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