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Luz, câmera e números. Números?

17/02/2012

Cineclube Projeto Arrastão traz o consumismo para o centro da tela; iniciativa foi uma parceria entre Núcleo de Comunicação Maré Alta e Programa de Educação Financeira.

"Ninguém nasce consumista. O consumismo é uma ideologia, um hábito mental forjado que se tornou umas das características culturais mais marcantes da sociedade atual. Hoje, todos que são impactados pelas mídias de massa são estimulados a consumir de modo inconsequente. As crianças, ainda em pleno desenvolvimento e, portanto, mais vulneráveis que os adultos, não ficam fora dessa lógica e infelizmente sofrem cada vez mais cedo com as graves consequências relacionadas aos excessos do consumismo".

O trecho acima é do texto "Consumismo Infantil, um problema de todos"e está disponível no portal do Instituto Alana, organização social que vem se dedicando a estudar o tema nos últimos anos. (Leia o texto na íntegra) (http://www.alana.org.br/CriancaConsumo/ConsumismoInfantil.aspx). Assim como o Alana vem fazendo no Brasil, outras dezenas de iniciativas nasceram, principalmente na última década, se propondo a dedicar tempo e atenção aos hábitos de consumo de crianças, adolescentes e jovens. Apontada por quase todos esses estudos como "vilã" da história, a mídia também pode ser usada para trilhar um caminho contrário, o da conscientização. E foi exatamente isso que aconteceu por aqui na última segunda-feira, 13.

O Cineclube Projeto Arrastão, iniciativa criada em 2009 com apoio do Ministério da Cultura através do Programa Mais Cultura, trouxe dessa vez para crianças e adolescentes da organização curtas-metragens com o tema consumismo. Clássico, o filme "Criança – A Alma do Negócio", da diretora Estela Renner, foi uma das atrações, além da exibição de A Linguagem da Persuasão e Capital Circulante.

Assista o filme "Criança – A Alma do Negócio" clicando abaixo. Todas as partes estão disponíveis no Youtube gratuitamente.

Sidiel Bernardo, educador do Programa de Educação Financeira do Projeto Arrastão, acompanhou a exibição dos filmes. Segundo ele, discutir o tema usando a própria mídia, os filmes, é uma estratégia para que os adolescentes vejam o quanto os meios de comunicação impactam nas escolhas diárias, no processo de criação de consciência sobre determinados assuntos. "O poder da propaganda é, além de muito forte, sutil. Vivemos numa loucura de marcas, última moda, qualidades. Nos oferecem coisas para problemas ou necessidades que não temos, ou se temos, nunca nos damos conta. Esse poder que a mídia tem, mais uma vez repito sutil, faz com que confundamos o que é necessidade e o que é desejo/supérfluo, pois os valores incutidos em nossa mente fazem com que transformemos simples necessidades diárias em verdadeiros acontecimentos", chama a atenção Sidiel, que observa que, apesar de haver muita crítica em cima do excesso de publicidade focada no público infantil, esse tema ainda não ganhou as salas de aulas das escolas e, principalmente, a preocupação das famílias.

"Não vemos a mídia, a escola, a família abordando um assunto como esse. Fala-se de tudo, menos disso. E hoje temos a oportunidade de disseminar um tema importante assim para nossos atendidos, que fará toda a diferença em suas vidas", diz o educador, que finaliza buscando uma frase que traduz muito toda a preocupação que o Projeto Arrastão vem tendo com a questão do consumo consciente. Tem uma frase que traduz bem essa preocupação: "Existem pessoas que compram o que não precisam com o dinheiro que não tem, para impressionar pessoas das quais não gostam".

Quer saber mais sobre o Programa de Educação Financeira? Veja essa entrevista dada à TV Gazeta

 Na rede

Sobre o Instituto Alana

Sobreo filme "Capital Circulante"

Sobre o filme "A Linguagem da Persuasão"

Sobre o filme "Criança – A Alma do Negócio"

 

 

 

 

 

 

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