Centenas de adultos tiraram o sábado para correr no Pacaembu...atrás dos seus filhos, sobrinhos...

A 10ª Corrida pela Cidadania Marcos Paulo Reis e Projeto Arrastão mostrou mais uma vez que quanto mais cedo colocarmos nosso corpo para praticar exercícios, melhor. Prova disso foi ver a criançada fazer bonito no evento realizado sábado, dia 10, no Estádio do Pacaembu. Foram diversas modalidades reservadas só para os pequenos.

Emilly Andrade, de 3 anos, fez bonito. "Gostei muito", resumiu a pequena, que ainda estava ofegante. Sua mãe, Claudia Andrade, contou que quem incentiva muito a filha é o pai. "Ele já participou de umas quatro corridas e fica incentivando ela (Emilly) brincando de video game, levando ela para as corridas".

Já Igor tem motivos de sobra pra festejar. Há três anos, ele treina com Marcos Paulo Reis e, dessa vez, quem fez bonito foi seu pequeno, Vitor, de 3 anos. "Ele chegou em 1º. Acho fundamental um evento como esse porque todo exemplo para as crianças dentro do esporte as deixam motivadas. São nossos atletas do futuro", disse o pai que, segundo Vitor, corre pela turma do Amarelinho do tio Marcos Paulo.

E nem o tempo nublado intimidou o pessoal a comparecer. Famílias e famílias foram vistas pelo circuito montado para o evento. Rosa dos Santos é esposa de um funcionário do Estádio do Pacaembu. Foi assim que ela descobriu a Corrida pela Cidadania e não perdeu a chance de inscrever a filha, que adora esportes. Aos 2 anos e 9 meses, Poliana participou de uma corrida pela primeira vez. A mãe coruja quer mais. "Com certeza vou inscrevê-la em outras corridas".

Para alguns, a prática esportiva começou antes mesmo de vir ao mundo. Como assim? Alessandra Castro, mãe do Enzo, de 3 anos, é personal trainer e só parou de trabalhar no dia de seu parto. "Continuei trabalhando até ele nascer. Antes, a gente corria juntos. Mas hoje, quando foi dada a largada, ele largou da minha mão e sai correndo sozinho", conta Alessandra.

E nem todos começam com corrida. Marian Milano começou a dar suas primeiras braçadas na água. "Ela faz natação desde 1 ano de idade. Ela tem essa relação com esporte e em termos de saúde, conduta e relacionamento é ótimo. Sou o maior incentivador", disse Luiz Augusto Milano, presidente da Matec Engenharia e pai de Marian.

Enquanto as crianças correm e liberam tanta energia, tem muita mãe que pratica outro tipo de esporte bem parecido. Regina Baron, mãe de Gabriel, trabalhou no Projeto Arrastão e conhece a corrida faz tempo. Além de desenvolver a sociabilidade, o esporte deixa Gabriel bem ativo. Mas e a mãe, não corre? "Corro, eu corro atrás dele em casa quase o dia inteiro", brincou Regina.

No meio de tanta gente, claro que apesar do sucesso após a chegada, muita criança fica tímida para falar. Não foi o caso de Tomas e Taís de Laurentis. Os dois particpam há dois anos da Corrida pela Cidadania. "Senti medo, frio na barriga e até vontade desmaiar", revelou Tais, que mandou muito bem na prova. O irmão Tomas quase ficou com o lugar mais alto do pódio e já fala como um campeão. "Essa foi minha melhor corrida. Eu nunca cheguei em primeiro. Hoje eu estava na frente mais um menino me passou", contou.

Para a mãe, Regina Juliano de Laurentis, os pimpolhos são só orgulho. "Não é só correr o legal. Mas também estar no meio do pessoal pensando numa mesma coisa. Introduir o hábito por esporte é agora", completou.

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