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Arrumando a Casa. E as Malas

08/11/2011

Jardim Vale das Flores, em Taboão da Serra, recebe voluntários de todos os cantos do mundo; iniciativa Global Village é do Habitat Brasil, parceira do Projeto Arrastão

Desde o mês de março, o Projeto Arrastão, o Habitat para a Humanidade no Brasil e a Prefeitura de Taboão da Serra tem parceria com a Associação de Moradores do Jardim Vale das Flores, em Taboão, num esforço coletivo para resolver um dos maiores problemas atualmente no mundo: as condições precárias de moradia.

Direito fundamental, assegurado na Declaração Universal dos Direitos Humanos a partir de 1948, ter uma casa digna, que ofereça segurança e conforto para toda a família é vista como premissa para uma vida harmoniosa. No entanto, devido a diversos fatores, sendo um dos principais o crescimento acelerado e desordenado das grandes cidades, como São Paulo, a questão vem ganhando especial atenção das organizações sociais e do próprio poder público.

O Projeto Arrastão, por exemplo, há mais de uma década desenvolve o CorArrastão, um programa inovador na época que usa a pintura e revitalização das moradias como ferramenta de aproximação com os moradores, momento em que questões sociais bem mais complexas surgem e podem ser discutidas e resolvidas. Foi dessa necessidade, também, que nasceu o Habitat, organização internacional que desenvolve ações que assegurem uma moradia de qualidade às pessoas. Em 2011, as duas organizações se juntaram à prefeitura para desenvolver o programa Arrumando a Casa II no Jardim das Flores.

Como já aconteceu outras vezes esse ano, a comunidade de Taboão da Serra está se vendo com outros sotaques durante alguns dias. Vindo através do Global Village, programa do Habitat que convida pessoas de todos os cantos do mundo para praticar outra forma de viagem, aquela em que todos ganham quando se conhecem, um grupo de 23 voluntários está passando toda a semana entre 7 e 12 de novembro realizando serviços de reparo, pequenas reformas nas casas de famílias atendidas pelo Arrumando a Casa II. Ao total, conta Érika Hage, da Área Social do Projeto Arrastão, cerca de 10 casas foram selecionadas para receberem os voluntários e seus cuidados e talentos durante esses dias. Em uma, apenas, o trabalho será maior, e está sendo prevista uma reforma.

Um desses 23 voluntários é a norte americana Nina. Moradora de Los Angeles, ela sempre ouviu falar muito, e bem, do Brasil. De tanto ouvir, colocou na cabeça que queria vir conhecer o país, mas que não queria fazer isso apenas por fazer. Através de uma amiga conheceu o Global Village, e juntou a fome com a vontade de comer. Ou, nesse caso, a vontade com a oportunidade de conhecer. "Decidi que gostaria de fazer parte de tudo isso. Eu sempre ouvi coisas maravilhosas sobre o Brasil, e como nunca tinha vindo aqui, imaginei que seria uma ótima viagem. Estou muito feliz de ter vindo, tudo tem sido muito bom até agora", conta Nina.

Para Mary, de Ohio, fazer parte de uma ação como essa não é apenas ser voluntário, mas participar de uma jornada de transformação do modo de viver das pessoas que recebem os cuidados. "Quando você constrói uma casa para uma família, as crianças daquela casa parecem crescer com mais poder sobre si mesmas e querendo promover a transformação. Isso realmente muda a habilidade de acreditar nelas próprias. Elas não pensam que elas podem continuar vivendo na pobreza, elas imaginam algo como 'eu posso mudar minha realidade', e isso é que é importante", conta, complementando: "Não é apenas uma mudança para os pais. Se estende para as crianças também e isso é transformador", finaliza.

 Na rede

Sobre a parceria no Arrumando a Casa II

Celebração de parceria bem sucedida

Estudantes sul coreanos no Projeto Arrastão

 

 

 

 

 

 

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