Jovens visitam Bienal para conhecer sobre Arte Contemporânea; essa é a segunda saída da turma do curso Arte Além dos Muros

Nada como exercitar o olhar em um espaço cheio de questionamentos. Assim é a Bienal de São Paulo, que fica dentro do Parque do Ibirapuera. Os olhos curiosos são do curso Arte Além dos Muros, do Projeto Arrastão. Ao todo, 25 jovens puderam, na sexta-feira, 14, conhecer o que pessoas tem experimentado há 60 anos. E quem levou esse grupo foi Germain Taylor, educador da turma.

Os jovens estão no segundo mês de curso. A cada mês, uma parte do grupo faz uma saída. No mês de setembro a turma da tarde foi ao Museu de Arte Sacra, com a mesma proposta de conhecer um espaço de exposição artística que os jovens da turma da manhã neste mês de outubro puderam conhecer. Segundo Germain, o objetivo é trazer a arte de hoje para os jovens, pois é ela que questiona os problemas que todos vivem na atualidade. "é importante para abrir a visão deles do que é produzir arte, das formas de expressão, do como eles podem se manifestar através dos mais diversos materiais. E é isso também que está na proposta do curso", diz o educador.

E não haveria melhor espaço para a turma conhecer uma exposição com artistas de hoje que a Bienal. O prédio comemora 60 anos de história da arte brasileira e mundial. A Bienal de São Paulo foi criada em 1951 e na época foi a segunda megaexposição de arte contemporânea do mundo, inspirada na primeira, a de Veneza. O grupo do Projeto Arrastão visitou "Em nome dos artistas", exposição com artistas norte-americanos que vai até o dia 4 de dezembro.

Edvan Moreira, um dos curiosos jovens que participou da saída, fala animado sobre o que viu. "A exposição contribuiu muito para mais experiência. Conheci as obras de Jeff Koons, artista conceitual". Ele diz que estar gostando muito do curso. "Eu estou aprendendo umas coisas que nunca tinha visto, estou fazendo arte", assume Edvan. Ele é um dos 50 jovens entre 15 e 17 anos que estão tendo a oportunidade de debater e exercitar práticas artísticas.

"Após a visita à exposição, o assunto é retomado e discutido, para dar base, conteúdo. Mesmo porque algumas das obras que eles puderam ter contato são um pouco agressivas, até chocantes, devido a sua temática do cotidiano e da contemporaneidade", conta Germain. Desta forma, o Arte Além dos Muros segue rumo, cumprindo seu papel dentro do universo do Projeto Arrastão.

 Na rede

Sobre a exposição de 60 anos da Bienal

Mais sobre o Arte Além dos Muros

Aprendendo a ser arteiro