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264 motivos para ir à Bienal

30/09/2011

Educação Infantil faz visita à exposição sobre arte contemporânea; saída fez parte de uma formação mensal dada aos educadores do Projeto Arrastão

Impressionante. Está aí uma boa palavra para quem vai à exposição "Em Nome dos Artistas - Arte Contemporânea Norte-Americana na Coleção Astrup Feamley", que abriu suas portas ao público na quinta-feira, 29, e ocupa um dos espaços mais artísticos de São Paulo: o prédio da Fundação Bienal. E a abertura da exposição ao público não poderia ter tido melhores presenças. Educadores do Projeto Arrastão atravessaram a cidade para visitar a mostra, em um dia em que os pequenos rostos das turminhas de 4, 5 anos, foram trocados, mesmo que por algumas horas, por pequenos obras de arte, tão inspiradoras quanto.

Uma vez ao mês, geralmente na última semana, toda a organização participa de formações que visam qualificar ainda mais o trabalho feito com os diferentes públicos atendidos pelo Projeto Arrastão. E essa saída cultural que aconteceu na quinta-feira brotou, justamente, no último encontro formativo, do mês de agosto. Na época, monitores da Fundação Bienal apresentaram a exposição "Em nome dos Artistas" para toda a nossa equipe, mostrando fotos da exposição e contando a história de algumas obras. Isso despertou a curiosidade nos educadores em saber mais e, um mês depois, surgiu a oportunidade da visita monitorada.

"Essa saída para a Bienal foi muito importante, pois criou uma conexão entre a formação que eles tiveram no mês passado o agora. Se no último encontro nasceu uma expectativa de como seriam todas aquelas obras, que até então eles, os educadores, só viram nas fotografias, agora puderam tocar, sentir as peças, o que torna a experiência ainda mais rica para os educadores", conta Elaine Cristina Sales, coordenadora da Educação Infantil.

E a visita mostrou o quanto é rica essa experiência de sair da sala de aula para buscar outras referencias, conta Elaine, que até lembrou uma história interessante que ajuda a ilustrar essa idéia. "Tem um fato bem engraçado que mostra bastante essa importância de se vivenciar atividades culturais. Uma de nossas educadoras ficou encantada por uma das peças da exposição, que é a Mãe – Filhos Divididos. Assim que chegou na exposição, uma das monitoras perguntou sobre as expectativas e ela logo contou que queria ver essa, que estava curiosa. Mas aí quando chegou em frente à peça realmente não foi tudo aquilo que ela imaginou. Ou seja: a pessoa precisou sair de casa para ter certeza sobre sua percepção. Isso é muito bacana e importante para quem vai trabalhar com crianças, viver a produção cultural", conta Elaine, que aponta também outro grande benefício desse tipo de formação. "Além de aumentar o repertório dos educadores, é que eles conseguem colher muitos materiais que podem ser reaproveitados em sala de aula, mais tarde, com as crianças".

 Veja reportagem da TV Gazeta sobre a exposição

"Uma outra educadora nossa, que há algum tempo trabalha aqui, fez uma relação super interessante com a exposição, essa peça e sua história de vida", conta Marcia Elias, Diretora da Educação Infantil. "Ao chegar e ver aquela obra de uma vaca e um bezerro, que algumas pessoas que passavam achavam forte, pesada demais, essa educadora mostrou-se indiferente, pois, contou ela depois pra gente, que já estava acostumada com a cena, pois havia sido criada no interior e seu pai lidava com animais. Ou seja: ela criou uma relação com a obra; realmente estava fazendo uma leitura crítica daquilo e relacionando com sua vida. E isso é muito importante, pois esse educador vai precisar decodificar tudo que viu para trazer pra sala de aula", finaliza Marcia.

A exposição "Em Nome dos Artistas – Arte Contemporânea Norte-Americana na Coleção de Astrup Feamley" é composta por obras de 51 artistas e mais de 200 obras, em sua maioria de norte-americanos. Vale a pena conferir. Mas se prepare antes, pois, dizem os organizadores, tudo é muito "chocante".

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