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“Se Chover a Culpa é Nossa”

23/08/2011

Banda, brincadeiras e boas risadas; peça “Ampulheta” tem ensaios abertos no Projeto Arrastão para Educação Infantil e CCA

O palco não é, há algum tempo, novidade para jovens do Projeto Arrastão. Começaram como oficinas, exercícios em sala, e ganharam os holofotes o Grupo Teatral Quereres, o Núcleo de Dança Pélagos e por aí vai. Todos levando para ao público temas relevantes e interessantes para serem discutidos. Nessa semana, mais uma turma vem mostrar a que veio.

Há cinco meses estudando e fazendo pesquisas, os meninos e meninas da Oficina de Teatro do Projeto Arrastão fizeram essa semana três ensaios abertos. As apresentações foram para as crianças e adolescentes da Educação Infantil e do Centro para Criança e adolescente – CCA. A peça, que ganhou o nome de “Ampulheta”, leva os espectadores a um grande mergulho pelo instante mais mágico de nossas vidas – a infância. Aquele em que só temos dois compromissos certos quando acordamos pela manhã; brincar e esperar a hora para brincar de novo.

Conheça um pouco sobre o Grupo Quereres de Teatro

Da reunião de 25 jovens que toparam o desafio de voltar no tempo e resgatar o doce sabor da infância nasceu a peça, fruto de vários exercícios conjuntos. Vanessa Almeida, educadora do grupo, conta que a brincadeira é o pano de fundo para uma discussão muito maior; porquê paramos de brincar. “O espetáculo é um resgate do nosso retrato de infância. Através de um personagem, a peça conta a história de uma pessoa que foi crescendo e perdendo essa capacidade imaginativa, criativa que a gente tem quando é criança. Então ela vai encontrando pessoas pelo caminho que vão o colocando frente a frente com quem ela era, como se divertia”, conta.

O objetivo da oficina sempre foi tratar o tema infância, conta Vanessa. A história das brincadeiras foi nascendo nos encontros, que ela puxou junto com o voluntário Gustavo Crespo, responsável pelo texto. “A idéia surgiu quando fomos desafiados a pensar uma metodologia de jogo teatral que fizesse sentido com o universo do Projeto Arrastão. Esse trabalho sobre as crianças tem tudo a ver, pois temos muitas crianças aqui”, revela. Em Ampulheta os jovens cuidam de tudo. De tudo mesmo. Inclusive da trilha sonora, com melodias feitas pela banda com o nome genial de “Se Chover a Culpa a Nossa”.

Durante a oficina, conta a educadora Vanessa, muitos desafios foram superados através do teatro, que deixou de ser apenas um espaço para construção da peça ou de experimentação de uma linguagem artística. “Eu entendo que o teatro, nesse caso, funcionou mais como um instrumento pedagógico do que qualquer outra coisa. Pelo tempo e pela estrutura, nosso foco não é a formação do ator propriamente dita. A idéia é que o teatro só seja o meio de campo para outras questões mesmo”.

No total a turma da Oficina de Teatro teve 25 participantes. Desses, 18 sobem ao palco com a peça, que tem duração de 45 minutos. Os outros cuidam de toda a parte técnica e de produção do espetáculo.

“Tem gente ali no grupo que tem talento para o teatro. Nosso papel foi apresentar esse universo para ele. Agora, cada um vai seguir seu caminho mesmo. Se vão fazer ou não teatro, isso já é com eles”, finaliza Vanessa.

Depois desses ensaios, os jovens irão avaliar o que precisa ou não ser melhorado, e começarão a preparar a estreia oficial de Ampulheta, prevista para breve. Mas a gente conta para você.

 

 

 

 

 

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