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Entrelaça, amarra e corta.

20/05/2011

Apesar de muito frequentada por mulheres, a Oficina de Biju do Projeto Arrastão tem seu representante masculino; com vocês: Seu Valdo.

São pecinhas quase que minúsculas. Uma linha comprida de nylon e muita, mas muita delicadeza e precisão. Esses são alguns requisitos para participar da Oficina de Bijuteria que acontece no Projeto Arrastão toda terça-feira de manhã.

A voluntária é da região e já é a segunda vez que ela divide seus conhecimentos com alunos dentro do nosso espaço. Gina Lucia Bueno mora no Inocoop e já chegou a dar aulas de artesanato em tecido em 2010. Eu sempre gostei de trabalhar como voluntária e fazia tempo que queria trabalhar no Projeto Arrastão. Estou muito feliz'.

São oito alunos na sua oficina. Agora você se pergunta: oito alunos? E por que não oito alunas? Porque, sim! Tem um homem no meio de tantas meninas. Ele nasceu no sul da Bahia. Aos 76 anos, Valdo Silva Santos não se intimida no meio de tanta mulher e avisa: aqui não tem essa de discriminação, não. "Lá tem que ter muito respeito. Tem que tratar todos como outro qualquer, porque é todo mundo filho de Deus, falou e disse, Sr. Valdo.

A professora apoia a vontade de Valdo e se sempre se coloca disposta a ajudá-lo. "É a primeira vez que dou aula para um senhor. E ele já tem uma historia de vida e poderia ter mais preconceito. De repente ele teria até menos habilidade, porque miçanga é mais feminino mesmo. As peças são pequenas e mão da mulher também ajuda. Mas ele correspondeu bem e está muito entusiasmado".

E também pudera, porque miçangas é um trabalho bem difícil mesmo. Desenvolve muito o raciocínio e os artesãos precisam ter paciência. Um movimento em falso, e todas as pedrinhas escapam das mãos. E vai lá começar tudo de novo.

Zenilda Sena Moreira, de 56 anos, já é mais experiente no assunto. Dois anos atrás ela participou de outro curso de bijuteria aqui mesmo no Projeto Arrastão. "Eu aprendi a fazer aqueles chaverinhos e cheguei a vender. Fiz um dinheirinho, viu. Aí eu pensei: ah, vale a pena continuar, né".

As aulas devem durar até dois meses em encontros semanais. Durante esse tempo, os alunos vão aprender a fabricar pulseiras e anéis. Tudo com miçanga.

"Elas se ajudam muito. Estão me dando um suporte, porque enquanto explico para um, outra que já entendeu vai ajudando com outras alunas. É uma turma variada com meninas bem novinhas que devem ter 18 anos e senhoras da terceira idade"

Isso porque Gina pensou que eles iam fugir quando percebessem o tamanho do trabalho. "É porque são coisas minuciosas. A principio, estamos com um bom resultado. Quem sabe não fazemos uma exposição com as peças deles, né?!". É Gina, por que não?

E vocês querem ouvir na íntegra o bate papo que fizemos com os alunos Valdo e Zenilda? Então ouça abaixo o que eles contaram pra gente.

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