Sábado surpresa para a turminha da Educação Infantil começou no mundo virtual. Mas foi aqui, no mundo real, que os abraços e sorrisos ganharam som.
Toda grande história começa com “era uma vez”. E com essa não será diferente.
Era uma vez um garoto apaixonado pelos computadores. Passava horas e horas, sem parar nem para comer direito, no mundo virtual. Ele sabia (tinha certeza!) que poderia transformar o seu amor por aquelas teclas e monitores em um modo de viver, em um estilo de vida. E lá foi ele: horas e horas conectado, navegando pela internet. Pensando; criando, sonhando; imaginando.
Hoje o que aquele garoto sonhou tem um nome (Facebook) e vale mais de 70 bilhões de reais. Com certeza não passou pela sua cabeça que sua invenção conectaria mais de 700 milhões de pessoas pelo mundo (muito maior que centenas de países). Nem que ele seria considerado pela Revista Time a personalidade do ano com apenas 26 anos de idade.
Mas sabe de outra coisa que o Mark Zuckerberg, com certeza, não planejou? Que a sua obra prima fosse uma espaço onde as pessoas começassem a se juntar para ajudar umas as outras. E faz tempo que isso vem acontecendo no Facebook. E hoje a gente tem um exemplo muito inspirador de como fazer isso.
Quando o economista, hoje atuando no mercado imobiliário, Miguel Sarquis, postou em seu Facebook um convite para que seus amigos se juntassem para entregar ovos de páscoa no Projeto Arrastão ele talvez não tenha imaginado que tanta gente iria logo se prontificar a ajudar.
O convite de Miguel era simples, direto, objetivo: “quem quiser e puder ajudar entre em contato comigo”. A frase simples e uma linda foto de nossas crianças foi o suficiente para que em pouquíssimo tempo vários amigos começassem a fazer comentários. E a lista foi crescendo. A de comentários. E a de adesões. Um após o outro.
No sábado, 16, o mundo real recebeu nossos coelhinhos 2.0. Se no mundo virtual a empolgação era imensa, na realidade, então, era impossível segurar a emoção desse momento mágico de encontro. Miguel e amigos vieram ao Projeto Arrastão fazer uma surpresa (acha mesmo que as crianças não esperavam por isso?) para a turminha da Educação Infantil e do Arrasta-Lata. Os olhares atentos, arregalados e cheios de expectativa logo explodiram de alegria.
“O mais emocionante foi reparar que estavam todos me esperando”, conta Miguel, que revela que sempre participou de ações assim, mas nem sempre puxou a fila. “Foi a primeira vez que a iniciativa foi minha. Em outras vezes eu só era um dos colaboradores. E isso foi graças ao e-mail de vocês que surgiu a idéia de doar. Eu me senti à vontade em pedir aos meus amigos os ovos, não sei como, pois nunca pedi nada a ninguém”.
Se o mundo virtual é mágico e cheio de possibilidades, o mundo real também precisava ser para receber um momento como esse. E foi. “A sensação mais bacana do que ver a entrega dos ovos, foi reparar que era um evento para eles e não só uma simples fila para receber ovos. Participamos juntos, ouvimos musicas, lanchamos. Os ovos pra mim foram só um detalhe”, diz.
Miguel finaliza repetindo uma frase que somente as pessoas que ajudam com o coração ousariam dizer. E deixa uma promessa: “eu sei que fiz bem para as crianças naquele dia, mas também fiz um bem enorme para mim. Fiquei muito feliz. Portanto, se todos estavam felizes, vamos repetir!”.
Solidariedade 2.0.
Se essa moda pega...
E antes de acabar ainda dá tempo de Daniela Dib Araújo, que também participou dessa festa, deixar o seu depoimento. Veja!
