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Pélagos vem aí com uma nova história

16/04/2011

Depois de falar dos sabores e dessabores da juventude, o grupo se vira agora para a história da Serra Pelada, famosa por ter sido esperança de riqueza fácil no passado.

O Projeto Arrastão traz mais uma iniciativa inovadora de inclusão social. Depois de usar a comunicação, a música, gastronomia e até o atletismo como ferramentas de desenvolvimento comunitário, chegou a vez de a dança ganhar espaço e mostrar todo o seu potencial transformador. E a iniciativa nasceu, justamente, de um ex-aluno da organização que voltou à casa para replicar o que aprendeu mundo afora.

Rubens Oliveira Martins, bailarino profissional, e durante muito tempo um dos destaques nos espetáculos do renomado coreógrafo Ivaldo Bertazzo, viajou o mundo se apresentando para grandes e importantes platéias. Até que em março de 2010 resolveu tirar do papel o antigo sonho de fundar um núcleo de dança no Projeto Arrastão, onde esteve desde criança e lugar em que se apaixonou por música e dança, caminhos que decidiu trilhar na carreira.

Batizado Núcleo de Dança Pélagos, o grupo é formado por jovens moradores dos bairros vizinhos à organização. Em comum essa turma tem, além de uma realidade difícil, o amor pela dança e pelos tablados. E uma determinação que não caberia nem no maior palco do mundo. E foi graças a essa mistura que nasceu, logo nos primeiros seis meses juntos, um espetáculo que foi visto por cerca de 3 mil pessoas.

Volúpia foi concebido em tempo recorde. Considerando que nenhum dos jovens havia participado de espetáculos de dança até o começo do ano passado, eles terem levado para os palcos 15 números diferentes depois de apenas 7 meses de ensaios já pode ser considerado a primeira grande vitória do grupo. O espetáculo contou, através da dança e do teatro, sobre uma das fases mais confusas da vida: a adolescência. As paqueras, o primeiro amor, as decepções, a vida na escola. Tudo misturado em boa música e muita ginga, mostrando que os meninos tem talento para a coisa.

Se irão ser dançarinos profissionais ou não, conta Rubens, isso não é o mais importante no trabalho. “A idéia é que cada vez mais jovens despertem seu interesse pelas artes, mesmo que não se tornem profissionais. A arte nos torna pessoas mais completas e com um grande repertório cultural que nos ajuda muito na vida”, conta o coreógrafo, que montou uma grande equipe para dar as aulas. O projeto foi todo desenhado pelos princípios da Educação do Movimento, técnica desenvolvida pelo Coreógrafo Ivaldo Bertazzo, e que prega que qualquer cidadão pode desenvolver seu potencial artístico.

E 2011 já tem um novo desafio pela frente. O Núcleo de Dança Pélagos, mesmo sem patrocinador, irá falar dessa vez sobre conhecida Serra Pelada, sonho de riqueza de milhares de brasileiros na década de 1980. O espetáculo terá o mesmo processo de construção que Volúpia , e trará aos palcos os movimentos e corpos dançantes do garimpo paraense. As magras escadas com diferentes alturas, os  vários corpos que já ocupam o olhar como um formigueiro, e os materias cênicos como: sacos, bengalas, cordas, pás, enxadas e palhas são capitais para dar ao público a sensação e o sentimento que o aproxima daquela realidade.

O espetáculo tem previsão de estréia para o segundo semestre de 2011 e deverá ser apresentado em espaços culturais espalhados por toda a cidade de São Paulo.

Na Rede

Volúpia no Portal Catraca Livre

http://catracalivre.folha.uol.com.br/2010/08/nucleo-de-danca-pelagos-apresenta-espetaculo-volupia-no-ceu-do-campo-limpo/

Vídeo do espetáculo Volúpia

 

 
 

 

 

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