Untitled Document
 
Untitled Document
   
Untitled Document

Especial Juventude #2

16/04/2011

Eles até passaram pelo Projeto Arrastão, mas foi nos bancos da faculdade que seus sonhos ganharam contorno e clareza. Com vocês: os universitários.

O Brasil tem hoje cerca de 6 milhões de estudantes matriculados em instituições de ensino superior em 25 mil cursos diferentes. Segundo o censo da educação de 2008, a pesquisa mais recente que temos, cerca de 400 estudantes estão se especializando em áreas ligadas à tecnologia, um investimento na força que o Brasil mais irá precisar para se desenvolver nos próximos anos.

Mas chegar aos bancos da universidade não é um caminho tão tranquilo assim. Pelo contrário. Apesar de existir cada vez mais mecanismos de promoção ao acesso à educação superior, cada vez mais, também, surgem dificuldades em efetivar essas políticas públicas.

Paralelo a essa discussão sem fim, e em busca de uma transformação a longo prazo no Brasil, grandes corporações e organizações sociais que trabalham o tema educação passaram a não somente incentivar; criaram programas completos de apoio a jovens universitários. Em nossa segunda reportagem especial sobre a Juventude do Projeto Arrastão vamos contar duas histórias inspiradoras.

Tony mudou-se para São Paulo em 1999. De quando chegou até o dia em que pisou no Projeto Arrastão pela primeira vez se passaram 3 anos. Sempre via oportunidades de cursos e oficinas, mas nunca se interessou, mesmo morando ao lado do projeto. Certo dia disseram para ele que haveria encontros para falar sobre cinema e jornalismo. Era o empurrãozinho que faltava para começar nossa história. Depois de fazer Oficina de Gastronomia, somente como “desculpa” para participar de um mini-jornal que a organização publicava mensalmente (Sabor das Letras), e onde era um dos redatores, Tony passou a buscar oportunidades para fortalecer o seu sonho: estudar jornalismo. E foi graças a um programa da Fundação Abrinq que ele Tony passou a ver sua trajetória se transformar.

Com apoio de empresas e instituições de ensino, o Programa Virada de Futuro apoiou financeiramente 40 jovens que ingressaram no ensino superior. Esses meninos e meninas, apaixonados pelas mais variadas áreas do conhecimento, tiveram todos os seus custos com a faculdade bancados integralmente pela Abrinq, além de serem acompanhados durante todo o tempo de faculdade com ações complementares. Tony, na época Jovem Monitor do Projeto Arrastão, foi um dos selecionados. Cursou jornalismo na Universidade Santo Amaro – Unisa.

Os desafios, claro, começaram a aparecer nos primeiros dias de aula. Assuntos que nunca tinha visto na escola, professores completamente diferentes. E por aí vai. E outro desafio tão grande quanto realizar o sonho de ser, enfim, um jornalista: conciliar tudo isso com o trabalho.

“Acho que isso foi a coisa mais difícil que teve. Não foi fácil durante quase dois anos dormir mais ou menos 4 horas por dia. Mas quando acordava, às 5 da manhã para ir ao trabalho eu me lembrava da faculdade à noite e isso era bem estimulante”, conta Tony, que usou o dinheiro economizado para realizar um sonho de longa data. E uma necessidade de agora.

“Comprei um computador assim que comecei a trabalhar pois sabia, colocava muita fé, que iria passar no Virada de Futuro e precisaria do PC na faculdade. Comprei em 18 prestações e quitei tudo com o salário do meu trabalho. Se fosse fazer isso e pagar a faculdade certamente não iria conseguir naquela época”.

A aventura durou quatro anos. E rendeu belos frutos. Ainda durante a faculdade Tony foi estagiar na Rádio Jovem Pan e na AllTV, passou a fazer parte do Comitê de Jovens Gestores do Projeto Arrastão e tornou-se Coordenador do Núcleo de Comunicação Maré Alta, lugar onde ele, um dia, começou a fazer oficinas de vídeo sonhando ser jornalista. Uma história completa de transformação que começou aqui, mas ganhou forma e força mesmo nos bancos da universidade.

Com Pamella Moreira a história foi bem parecida. Depois de participar de diversas oficinas e cursos dentro do Projeto Arrastão ela decidiu cursar Letras. Sai de cena a Fundação Abrinq e entra a Unilever Brasil. Com o nome de Programa Diversidade, a multinacional fez um amplo e rigoroso processo seletivo em busca de jovens que sonhassem continuar os estudos além do ensino médio e que, por diversos motivos, não conseguiriam sem aquele empurrãozinho.

E que empurrãozinho nesse caso.

O grupo de jovens selecionados recebe bolsa integral para um curso universitário, além dos cursos pré-vestibular e de inglês, uma bolsa-auxílio, vale-refeição, vale-transporte e todo o material didático. A iniciativa foi criada pela área de recursos humanos da empresa e tem o objetivo de preparar jovens de baixa renda para o mundo do trabalho, garantindo um estágio de 2 anos dentro do grupo. Uma oportunidade fantástica de formação e inserção profissional, já que a Unilever é uma das empresas mais concorridas no país para as vagas de trainne.

E nosso especial fica por aqui, porque se a gente for contar mais histórias inspiradoras de jovens que passaram pelo Projeto Arrastão e hoje estão por aí estudando e sonhando cada vez mais com um futuro diferente ficaríamos aqui até amanhã.

E isso nem seria ruim nesse caso.

Em na próxima semana não perca: vamos falar sobre uma galera que hoje está dando duro no mercado de trabalho. Mas que antes passou um tempinho aqui em nossas salas aprendendo muita coisa bacana.

Até lá.

Na Rede

Sobre o Programa de Formação de Jovens

Programa de Formação de Jovens

Sobre o lançamento do Programa Diversidade

http://www.administradores.com.br/informe-se/informativo/unilever-vai-dar-formacao-superior-para-jovens-de-baixa-renda/863/

Sobre a Fundação Abrinq

Fundação Abrinq

 
 
 
 

 

 

Untitled Document