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Especial Juventude #1

12/04/2011

Em nossa primeira reportagem da série, vamos falar sobre quem passou pelo Projeto Arrastão, mas foi graças a parcerias que conseguiu formação em suas áreas.

Há exatos dez anos o Projeto Arrastão iniciava de uma forma sistemática e organizada, o trabalho com a juventude do Campo Limpo, Zona Sul de São Paulo. Quando a gente fala juventude, entenda-se a galera entre 15 e 21 anos de idade. É a última etapa do trabalho desenvolvido pela organização antes do desenvolvimento comunitário direto, como a gente chama programas tais como o Cor-Arrastão.

Em 2000, em parceria com a Comunidade Solidária o Projeto Arrastão reuniu pela primeira vez 30 meninos e meninas para um curso de longa duração. Aqui, além de aulas de Cidadania, Matemática, Português, entre outras matérias, essa galera colocava a mão no barro. Ou melhor, na terra, em um curso de Paisagismo. Muita gente acabou indo para o mercado de trabalho encaminhado pelo curso. Assim, a experiência deu tão certo, que a partir já do ano seguinte os cursos e oficinas para a Juventude começaram a aparecer como mais um campo de trabalho do Projeto Arrastão. Começa aí a nossa aventura.

De lá para cá foram dezenas de centenas de jovens atendidos e encaminhados para o mercado de trabalho. Muitos outros acabaram seguindo seus caminhos e construindo uma carreira inspiradora dentro do esporte, por exemplo, como é o caso do Renato Abreu, atual camisa 11 do Flamengo. Mas isso é outra história já.

Hoje a gente vai falar sobre as parcerias feitas ao longo dessa história e que possibilitaram experimentações importantes para essa galera se decidir sobre o que fazer da vida. E temos um ótimo exemplo vindo direto do mercado financeiro.

Janaína Rodrigues Siqueira, 26 anos. Assim como outra dezena de jovens, ela participou de uma iniciativa do Projeto Arrastão em parceria com o Banco do Brasil, chamado Adolescente Trabalhador no começo do ano 2000. O objetivo deste programa era preparar e encaminhar jovens ao mercado de trabalho, tendo como primeira oportunidade de vivência profissional a atuação em uma das unidades do BB. Para Janaína essa foi a porta de entrada para sua vida profissional.

"Conheci o Arrastão por indicação de uma amiga chamada Nilma e participei por um ano e um mês, aproximadamente, entre 2002 e 2003, se não me engano. Foi uma experiência muito boa, pois consegui meu primeiro emprego através daí, conta a hoje formada em Administração de Empresas e atual MBA em Gestão de Empresas e Negócios. Fácil chegar até aqui? Não. Um dos maiores desafios que tive até agora foi conciliar trabalho e estudo. E ainda manter a garra e a vontade de crescer no âmbito profissional".

Janaína hoje trabalha no Banco Bradesco como escriturária - na área de atendimento a clientes e no comercial. E credita ao Projeto Arrastão boa parte desse sucesso profissional: "Os cursos tidos aí serviram muito para o início da minha carreira, aquele pontapé inicial. Depois fui buscar coisas mais específicas fora, no mercado", conta.

E finaliza com palavras para lá de especiais. "Gostaria de agradecer a primeira grande oportunidade da minha carreira profissional que obtive no Arrastão. O incentivo e assistência que recebi de todos os funcionários de lá. Sempre quis agradecer e não sabia de que forma e então quando encontrei o encontrei no Facebook vi que essa era a minha chance de demonstrar meu carinho, respeito e total agradecimento à instituição".

Janaína é apenas um dos inúmeros exemplos de como parcerias feitas pelo Projeto Arrastão possibilitaram essa vivência importante aos jovens antes de se lançarem no mundo do trabalho. Doutores da Alegria e Companhia de Dança Ivaldo Bertazzo também já desenvolveram ações desse tipo criando muitas possibilidades transformadoras.

De onde vêm esses jovens?

Existem dois caminhos trilhados por essa galera até chegar às nossas oficinas. Um deles é direto: moram e/ou estudam nos bairros próximos e conhecem, através de amigos ou vizinhos, o trabalho do Projeto Arrastão. Acabam vindo conhecer porque ouviram falar e escolhem um dos cursos que mais chama sua atenção. O segundo jeito, ao contrário do que poderão pensar, é bem comum. Algum aluno que vem desde a Educação Infantil ou do Centro da Criança e Adolescente e, como caminho natural, ingressam no Programa de Formação de Jovens. Temos muitos casos de quem entra com seis ou sete anos, e que saem daqui já bem grandinhos, direto para o mundo do trabalho. Legal, né?! E vira e mexe acontece. Mas outro dia a gente conta para você com mais calma.

Na Rede

Sobre o Programa Adolescente Trabalhador

http://www.bb.com.br/portalbb/page3,8305,8390,0,0,1,6.bb

Sobre o Programa de Formação de Jovens

http://www.arrastao.org.br/br/pr_formacaojovens.php

 

 
 
 
 

 

 

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